FIM!!!...OBRIGADA POR TODO O CARINHO DEMONSTRADO AO LONGO DESTES ANOS...,Beijinhos"
Que Bem Cheira A Maresia

30.12.04

Tchim Tchim A 2005





Que o próximo Ano seja um grito de cor no coração de todos NÓS!

Um beijo da Mar Revolto e Mar Azul

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29.12.04

Mar Revolto/Mar Azul


Brincadeiras no jardim de nós...

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28.12.04

Vale A Pena Visitar

Foto retirada daqui

Passeava-me pelo o cometa , blog que gosto muito de visitar, quando me deparei com
um outro do mesmo autor e de grande interesse, pela informação que nos vai dando.
Só alguém com um grande amor pela arte que exerce, pode dedicar os momentos do seu ócio a trabalhar desta forma com a informação actualizada quase ao segundo.
Obrigada Ludjero!

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26.12.04

Mar Revolto

MAR (I)

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
Sophia De Mello Breyner Andresen


[Que saudades eu tinha do meu mar... ]
Beijo a todos

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20.12.04

BOAS FESTAS

Aos nossos Amigos e a toda a Blogosfera desejamos um FELIZ NATAL e fazemos votos para que o ANO de 2005 seja MENSAGEIRO do que mais desejarem!
Um beijo da Mar Revolto/Mar Azul




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19.12.04

Uma Lição De Vida

Enquanto nós nos revoltávamos com o que te estava a acontecer, tu respondias-nos com Uma Lição De Vida.Faz hoje um mês que partiste e só agora quando vejo o João entrar lá em casa sem ti é que vou percebendo que será assim sempre. A casa, os lugares, tudo continua inundado pela tua presença, pela tua voz e pela tua gargalhada, e mesmo quando a Bia vê o João chegar sozinho para as nossas noites de sábado e não te vê a ti e me diz; “Mãe, a Fatinha está no céu a rir-se para nós, não é mãe?”, eu não consigo segurar a lágrima que teimosamente se solta e sorrindo para os céus vejo-te de facto a sorrir.Foram muitos os momentos de dor e sofrimento que passaste por causa dessa maldita leucemia. Mas em Outubro, tu, nós, todos nós carregados de esperança, aguardávamos que chegasses do IPO com a notícia da cura tão esperada, e de malas feitas partíamos para mais um fim de semana em Vieira do Minho. Mas tu não chegaste, apenas a notícia de que algo não estava bem, o cateter não pôde ser retirado, mais exames, mais dor, mais sofrimento. Chegaste-nos no sábado, revoltada pelo que mais uma vez tinhas que passar, mas ainda assim com a vontade de te juntares a nós, iludindo por momentos a dor. Lembro ainda, nós, todas juntas no quarto à tua volta, a mandarmos as nossas habituais bocas e a rirmos, e a tua cara ia-se transfigurando entre sorrisos e espasmos de dor, foi a última vez que estivemos juntas.Faz hoje um mês que o telefone tocou pela manhã e entre soluços de dor a noticia chegava. Mas hoje tal como há um mês atrás, não quero chorar, quero continuar a segurar o jornal nas mãos, ler a tua lição de vida e ao som do Bolero que pedias sempre, partilhá-la com este mundo de gente que me vai lendo.Um beijo Fátima , até logo….Mar Revolto

A dor tem de ser um intervalo breve entre manhãs de alegria - Fátima Calafate*
Estou de novo no IPO.Venho para mais umas sessões de quimioterapia. Como costumo dizer às enfermeiras, que tão carinhosamente me tratam, “venho aqui, vocês dão-me uma coça e mandam-me para casa gemer”.E, quando regresso a casa, na verdade geme-me o corpo e a alma. Tenho dores. Fico insuportável, barafusto com todos pelo mínimo motivo, detesto olhar-me ao espelho, chego a ter pena de mim própria.A minha família aguenta pacientemente os meus humores, preocupa-se imenso comigo, pega em mim ao colo diariamente.É também nestas alturas que me informam das pessoas que perguntam por mim, dos telefonemas, das mensagens, das flores, dos livros, das cartas, dos postais, dos bilhetes, dos recados, que toda a gente me manda!Meu Deus, como se formou à minha volta um tão grande cordão humano, um espaço onde todos dizem ter-me incluído nas suas orações! Para me fazer rir, a minha irmã diz que “por falta de cunhas no Céu, tu não morres”.Como e quando poderei agradecer a toda a gente o carinho e o cuidado demonstrados? Um agradecimento público soa-me a missa de 7.° dia, e eu quero celebrar a vida! Por isso prefiro partilhar convosco a esperança que também sinto em superar este rio turbulento. A Dra. Luísa Viterbo, a médica que tão carinhosa e incansavelmente me trata no IPO, diz que estou curada, e que a cura precisa agora de ser confirmada com alguns tratamentos de consolidação. Não posso, pois, pensar na morte. Tenho que agarrar a Vida!Esta carta é uma forma de me comprometer com a Vida. De lhe dar o mesmo sentido que todos os que lutaram comigo lhe dão. As minhas amigas Midas e Lina dizem:“é bom voltar, a ver brilho no teu olhar”. Esse brilho, que é de confiança, exprime a gratidão a todos. À minha irmã que dispõe de cada minuto livre do seu tempo para estar comigo e dar-me injecções de ânimo nos momentos de incontida revolta. À sua colega, que não conheço, mas que me manda textos lindos que me fazem acreditar em dias melhores. Ao meu marido, que passa todas as tardes do meu internamento, à minha cabeceira, a amortecer as minhas resmunguices...Quero, com bom querer, lutar pela Vida. Isso já é viver intensamente! Devo este querer à minha família, aos meus amigos, aos meus colegas e alunos, ao IPO, a todos os que me têm no seu pensamento. E aos meus pais, a quem este tempo tem feito sofrer tanto, numa altura da vida em que mereciam tranquilidade!Quero agradecer a Deus a lição de humildade e de amor ao próximo que me tem dado!Mas, sobretudo, a todos que, como eu, possam estar debilitados e em sofrimento, importa-me deixar-lhes uma mensagem de confiança e de esperança: a Vida vale tudo, até o sofrimento.A energia positiva dos amigos fez-me descobrir que, dentro de nós, existem forças desconhecidas que tudo transformam, que podem fazer dos dias de dor intervalos breves nas manhãs de alegria!(*) Professora de Inglês na Escola Dr. Flávio Gonçalves

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17.12.04

Vagas De Ternura

Torno a nascer
depois de ter nascido,
sem ter de morrer
embebendo-me na tua pele
entranhando-me nos teus sentidos.

Teus seixos rolam pelo meu corpo,
carícias de desejo e dor, gestos de amor, abraços benvindos,
pedaços de côr.
sou a mulher fecundada
por vagas de ternura
de um rio,
caudal obliquo e incerto,
revoltoso e voraz,
fera amansada
ao encontro do mar.

Meus olhos desabam, tuas mãos tremem,
a água cai, fluído irisado
na minha cara
do teu rio
no meu peito
do teu coração;
amar sem ter amor,
sem nada para nos darmos
na noite negra sem côr,
no vazio do silêncio,
estamos sós.

Caem pétalas de flores
no campo de batalha, no leito,
a alegria, o amor, a raiva, a dor,
noite fria sem estrelas
salpicos do rio no lençol.

Mar Azul

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15.12.04

Nem Sol Nem Lua...

A noite vai caindo
De ti nem sinal
Continuas naquela velha máxima
De desapareceres por uns tempos
Assim como criança
Que faz birra e se esconde
Para que corramos à sua procura.
Mas tu já não és criança,
E eu cansei-me
De ter o coração
Em batimentos acelerados
À espera que resolvas dizer;
“Olá tudo bem?”
Como se nada se tivesse passado.
Olho-te
Procuro o teu olhar
Que se desvia
Com as mesmas incertezas
Em cada gesto.
É tão triste
Quando o olhar contradiz
As palavras que vão saindo.
E vais falando,
E vais gesticulando,
E tentas articular
Palavras e gestos,
E eu continuo
Olhando a lua
E as estrelas,
E na minha cabeça
Apenas uma palavra,
Como uma estrela furiosa
Apenas te digo
Aqui e agora
BASTA!
Mar Revolto


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13.12.04

"Onde Está Deus Mesmo Que Não Exista?"


« Onde está Deus mesmo que não exista? Quero rezar e chorar, arrepender-me de crimes que não cometi, gozar ser perdoado como uma carícia não propriamente materna.
Um regaço para chorar, mas um regaço enorme, sem forma, espaçoso como uma noite de verão, e contudo próximo, quente, feminino, ao pé de uma lareira qualquer... Poder ali chorar as coisas impensáveis..., ternuras de coisas inexistentes, e grandes dúvidas arrepiadas de não sei que futuro...
Uma infância nova... e um leito pequeno onde acabar por dormir, entre contos que embalam, mal ouvidos, com uma atenção que se torna morna, de perigos grandes... E tudo isto muito grande, muito eterno, definitivo para sempre, da estatura única de Deus, lá no fundo triste e sonolento da realidade ultima das Coisas... Um colo ou um berço ou um braço quente em torno ao meu pescoço... Uma voz que canta baixo e parece querer fazer-me chorar... O ruido do lume na lareira... Um calor no inverno... Um extravio morno da minha consciência... E depois sem som, um sonho calmo num espaço enorme, como a lua rodando entre estrelas...»

F. Pessoa «Livro do desassego»
Foto retirada do site 1000 imagens "Água e Fogo"

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9.12.04

Sedução

Ao som dos acordes
Que invadem
A sala
Inicio um bailado
Suave
Rodopio sobre ti
Olho-te
Olhas-me
Balanceamo-nos
Toco-te
Tocas-me
E
Substituímos as palavras
Por olhares…
Mar Revolto

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5.12.04

Não Tenho Tempo

Não tenho tempo
Para falar
Não tenho tempo
Para ouvir
Não tenho tempo
Sequer para te olhar

Não tenho tempo
Para lamúrias
Nem para mantas de retalhos
Simplesmente
Porque
Eu
Não
Tenho
Tempo!

Não tenho tempo
Para te ouvir dizer
Que tens
“Todo o tempo do mundo para mim”

Não tenho tempo
A perder
Com o tempo
Que no teu tempo
Tu não
Tinhas tempo.
Mar Revolto

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4.12.04

What is the colour of days go by




É noite. Quantas vezes o som familiar das palavras nos causa estranheza? É de noite, hora cálida e serena, quieta e em repouso. Sinto a tua falta. Hoje não houve café à hora da ceia... entrei na sala, cheia de ruídos, cheiros e cores, odores de aconchego, conversas de fim de dia, todo o cansaço embalado em papeis de carinho ensonado... mas sempre aquela gargalhada sonora que ressoa pela sala, mesmo quando só lhe apetece ruminar. Se ao menos pudesses ver como sorrio quando lembro disso! Lembras-te de Emma Shapplin? Vejamos se o jardineiro deste nosso pedaço de terramar consegue plantar música nos passos que eu estou dando por esse areal fora em direcção ao Norte... Pedro, ajudinha? É o problema dos barcos sem timoneiro, derivam e por vezes naufragam... e o capitão? Onde anda o capitão? Sinto-me um mero grumete olhando as ondas, em jeito de pasmo, largada em mar azul, esperando o mar revolto e sem saber que fazer... deambulando, devaneando e desejando que aquelas duas taças lá em baixo fizessem ruido e se entornassem...
Tchim Tchim...

Mar Azul

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3.12.04

Onde Crescem as Rosas Selvagens?









Porquê esta música?
Se forem visitar o cantinho do meu amigo
Yardbird, vão perceber porquê!
É que o yardbird resolveu presentear todos os seus amigos da blogosfera com uma música, mas não foi uma música ao acaso. Ele associou uma música a cada pessoa que vai conhecendo. Foi uma ideia girissima que nos fez andar durante uns dias a pensar, qual seria a nossa música?
Até que ela chegou, e quanto a mim, confesso que não poderia ter tido melhor escolha, porque eu adoro esta música.
Obrigada Yardbird pelo carinho!
Um beijo carregado de ternura deste "Mar Revolto".


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Ei


Tu aí...
Se te debruçares do alto
do teu pedestal - feito de quê?...
e resolveres falar comigo
aqui em baixo
das nuvens onde brinco- e brinquei
contigo
diz-me que os rios continuam a murmurar
e as pedras, imóveis e no limbo,
continuam a aguardar a mão
que há-de vir.
Diz-me que cinquenta e nove ainda é o da sorte
da esperança de uma melhor sorte.

Diz-me que as minhas asas ainda planam
ao sabor do vento e da minha vontade
involuntária de sobreviver ao banal.
E que o arco iris tem todas as cores
menos o preto e o branco
e que as palavras não existem acima
de nós.
E,
se do teu pedestal,
já não me conseguires ver, nem me quiseres ouvir
não te esqueças da brisa
que espalha os sentimentos, acima desses montes
e os transporta até aos meus ouvidos.
E,
por fim, diz que nada aconteceu, porque o momento é eterno
e a dor profunda demais.
Não construas o teu dique e deixa-me correr
porque tenho uma enorme necessidade de chegar ao mar.
Mar Azul

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2.12.04

Meu Porto


Mudei-me para este mar
Quis navegar à deriva
Num porto seguro
Que criei só para mim...

Porque vieste,
Se não tinhas nada para me dar?

Porque queres transformar
Esta calmaria,
Em procelas,
Em batidas revoltas
Contra o cais?

Deixa-me olhar o horizonte
E encontrar nele
O brilho dos meus olhos
Deixa-me estender a mão
E em cada gesto
Encontrar o meu sorriso.

Esse mar de incertezas
De águas paradas
Não quero mais
Quero-me só
Preciso-me só
Para me poder encontrar!

Mar Revolto

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Ele Está Pra Chegar...

Quando Um Homem Quiser

Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitros de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

José carlos Ary Dos santos

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