FIM!!!...OBRIGADA POR TODO O CARINHO DEMONSTRADO AO LONGO DESTES ANOS...,Beijinhos"
Que Bem Cheira A Maresia

28.2.05

Lua De Lobos


Tem alma de artista, pinta, esculpe e faz poemas lindos!
Depois de me ter deixado um poema lindíssimo nos meus comentários, fui descobrindo outros igualmente belos, peguei-lhe pela mão e ofereci-me para Madrinha de um espaço na blogosfera, ela acedeu, foi uma belíssima aluna e assim nasce,
LUA DE LOBOS!
Vão lá conhecer a minha mais nova Afilhada.
LUA DE LOBOS, já faz parte dos nossos aromas.
Um beijo da Mar Revolto com votos de maiores felicidades!

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O Imenso Nada...

Entre o novo e o velho, o fim de semana em conjunto, os encontros e desencontros da vida e o sossego de um ombro amigo onde, muitas vezes, repousar o cansaço do dia a dia, fica-nos na memória as novas amizades, os eternos encontros de alegrias fingidas e a teia de emoções que a vida e o conhecimento dos outros nos causa. Fica neste texto, fica dentro de nós... fica aqui.

Mar Revolto/Mar Azul




"... E todos os erros se encostam ao lombo curvado desse Destino vago e mudo, agora
talhado na estética negra das espirais. Os do Amor justificam-se, evidentemente, pela sem
razão que os inspira-como se o Amor não nascesse e morresse sempre em razão do tom de
de uns olhos, da curva de uma cintura, da quimica especifica do sexo. Os erros que sobram do
Amor atribuem-se à Amizade. Esses, estendem-se pelo mundo em geografias de partilha ou
antagonismo. E justificam-se pela incapacidade humana de discernimento num universo desertado
pelos deuses e demasiado confuso. Acabamos por considerar o erro como um destino. Atingimos
assim os cumes em que boa consciência e má vontade se unem para nos manter imóveis perante
todas as atrocidades. Mas quem quer cansar-se a ouvir falar do mal e do bem, quem quer compro-
meter-se até à morte com os defeitos e qualidades de um outro, apenas em troca desse nada imenso
que é a Amizade?...."


Inês Pedrosa


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25.2.05

Bom Fim De Semana...

Vamos de fim de semana...



...Que o vosso seja óptimo também!

Beijos da Mar Revolto e da Mar Azul

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23.2.05





São passos silenciosos
estes que eu dou
tu dás
há um silêncio vazio
um rumor ao desafio.
Fastio.

O silêncio caiu
O pano desceu
A noite subiu e
não havia nada, apenas a estrada
molhada

E os passos vazios

Noite. Noite; silêncio. Nada.
Lua morta.
Bato forte os pés no chão.
Grito.
Aflito de aflição.
Não há vazio. Eco.
Silêncio quebrado. Uivo estrangulado.
Saiu...

Encolher de ombros.
Olhar de lado.


Quebrei o silêncio.
enchi o vazio.
Não morro
só.
Mar Azul

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20.2.05

Cores...

SONATA DE OUTONO

Inverno não mas ainda Outono
a sonata que bate no meu peito
poeta distraído cão sem dono
até na própria cama em que me deito.

Acordar é a forma de ter sono
o presente o pretérito imperfeito
mesmo eu de mim próprio me abandono
se o rigor que me devo não respeito.

Morro de pé, mas morro devagar.
A vida é afinal o meu lugar
e só acaba quando eu quiser.

Não me deixo ficar. Não pode ser.
Peço meças ao Sol, ao Céu, ao Mar
pois viver é também acontecer.

José Carlos Ary dos Santos




Pintaste-me o olhar
Numa tela de cores suaves
Eu guardei-o
E retribui-o
Num depois infinito
De cores
Que correm para o mar
Em forma de arco-íris
Neste grito de amor
Que sinto!

Mar Revolto


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17.2.05

Olhar



Há um fogo
pelas ruas da cidade

Há um ranger de ossos quebrados
detrás daquela viela

Há um velho bêbado
entoando uma canção

Há um táxi em corrida
pelas pedras da calçada

Há um grupo de marines,
beiços de duvidosos prazeres

Há a puta da esquina
e o chulo atrás da porta

Há a mulher que olha
meio sorriso na face

Há jovens filhos do dia
em weekend's prolongados

Há o homem que engata
uma gaja muito boa

Há a noite,
há a vida,
corre o sangue em ti,
Lisboa
Mar Azul

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15.2.05

Hoje...

Estrela da Tarde


Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!

José Carlos Ary dos Santos





Hoje
Olhei-te sem te olhar
Senti-te
Sem te tocar
E amei-te
Como só eu te sei amar
Mar revolto

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14.2.05

Mar Azul, Mar Revolto



" Caminhávamos, juntos e separados, entre os desvios bruscos da floresta. Nossos passos, que era o alheio de nós, iam unidos, porque uníssonos, na macieza estalante das folhas, que juncavam, amarelas e meio-verdes, a irregularidade do chão. Mas iam também disjuntos porque éramos dois pensamentos, nem havia entre nós de comum senão que o que não éramos pisava uníssono o mesmo solo ouvido."

Livro do desassossego




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12.2.05

Sinto Que...


Sinto que o tempo de sermos nós,
Passou.
Sinto que a vontade das mãos se encontrarem,
Passou.
Sinto que a ternura que existia em nossos olhares,
Passou.
Sinto que a distância que sempre nos uniu
Passou.

Sinto que apesar de tanto sentir
Ainda persiste a vontade de
[Re] encontrar
E aí eu sinto...eu sinto
Que nada passou e tudo ficou.
Mar Revolto

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11.2.05

Sintonia


Passeámos juntos
à sombra dos loureiros,
por entre os cedros e as videiras,
mãos dadas e olhar embevecido.
Em frente os montes e o vale
e o fumo das chaminés,
tão familiar e com cheiro a lar.

Abraçámo-nos na noite fria,
olhámos o céu contando as estrelas
e guardámos para o futuro
aquele momento de riso e felicidade,
no sotão já repleto de retalhos.

Quantos risos frescos plantámos
nos sitios por onde andámos!
Quanta cumplicidade partilhada
ficou escrita na atmosfera das paredes,
na rudeza das pedras,
nas chamas crepitantes da lareira.

E os seixos que rolam naquela praia
Ao sabor da corrente e das ondas
Sentiram os nosso passos leves
desenhados na areia e
há muito varridos.

É o tempo de as folhas mortas dançarem
com o vento frio
e o ciclo recomeçar.
Um novo renascer
E em breve partir.
Tempo de ir.

Até...
Mar Azul

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9.2.05

Pois...

As flores colhidas
Num domingo à tarde
Exalaram à noite
Aromas intensos...


E os barcos balançavam
No rio das minhas memórias
Na tarde linda
De um Domingo de carnaval
...
E a fantasia dura três dias...!
Mar Revolto

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8.2.05

Amor


Divorciei-me dos meus fantasmas
e
sob o cálido conforto dos lençóis
pousei na tua mão
a minha.

Nos mais recônditos cantos da memória
procurei por toda a ternura
do mundo
e
num gesto voluptuoso
fi-la
deslizar suavemente para ti
e
num voo diáfano de passarinho contente
abriste as tuas asas e
acolheste-me,
como quem consola o animal
cansado da luta.

E
numa dança guerreira
afastaste para sempre
os meus defuntos maridos.

Amo-te. Com amor.
Mar Azul

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4.2.05

Bom Carnaval


E como é carnaval
E eu gosto de sambar
Não me levem a mal
Estes dias não publicar



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Dentes-De-Leão E Poças De Lama



Quando olho dentes-de-leão, eu vejo ervas daninhas invadindo meu quintal. Meus filhos vêem flores para a mãe e sopram a penugem branca pensando em um desejo.

Quando olho um velho mendigo que me sorri, eu vejo uma pessoa suja que provavelmente quer dinheiro e eu me afasto. Meus filhos vêem alguém sorrir para eles e sorriem de volta.

Quando ouço uma música, eu gosto e sei que não sei cantar e não tenho ritmo, então me sento e escuto. Meus filhos sentem a batida e dançam. Cantam e se não sabem a letra, criam a sua própria.

Quando sinto um forte vento em meu rosto, me esforço contra ele. Sinto-o atrapalhando meu cabelo e empurrando-me para trás enquanto ando. Meus filhos fecham seus olhos, abrem seus braços e voam com ele, até que caíam a rir pela terra.

Quando rezo, eu digo Tu e Vós e conceda-me isto, dê-me aquilo. Meus filhos dizem, "Olá Deus! Agradeço por meus brinquedos e meus amigos. Por favor mantenha longe os maus sonhos hoje à noite. Eu ainda não quero ir para o céu. Eu sentiria falta de minha mãe e de meu pai."



Quando olho uma poça de lama eu dou a volta. Eu vejo sapatos enlameados e tapetes sujos. Meus filhos sentam-se nela. Vêem represas para construir, rios para cruzar e bichinhos para brincar.

Eu queria saber se nos foram dados os filhos para os ensinarmos ou para aprendermos.

Aprecia as pequenas coisas da vida, porque um dia tu poderás olhar para trás e descobrir que eram grandes coisas grandes.

Meu desejo para vocês?
Grandes poças de lama e dentes-de-leão!!!




Deixo-vos com este texto, que desconheço o autor, mas que nos faz pensar.
Divirtam-se e façam favor de serem felizes.
Beijo da Mar Revolto

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3.2.05

Falésia

Tinha a falésia toda sobre mim,
O mar batia revolto nos rochedos
Como que a lembrar-me toda a sua imensidão.
E eu caminhava descalça
Relembrando meus dias de menina
Passados junto ao mar,
Lembrei as tardes ventosas
De cabelos ao vento,
E fui ouvindo o chamamento.
Era a tua voz forte
Que num canto suave
Me dizia,
Vem...
E eu fui entrando
Naquele mar cor de prata
À procura da voz
Que murmurava,
Estou aqui,
Vem...
Os nossos olhares fixaram-se
As nossas mãos encontraram-se
E amamo-nos
Sobre nuvens de espuma.

Mar Revolto



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2.2.05

Esquinas


Finalmente
encontrei-me na esquina de uma rua
deparei comigo
despida e nua, exposta
aos meus olhos no "Lobo das Estepes"
"Só para loucos".
Sorri-me contente
por me ter descoberto.
Li com sofreguidão, de um só fôlego
esse manuscrito de objectividade gélida
senti um arrepio interior
um frio envolvente e cálido,
carícia mental
de algo velho novo para mim.
Foi com alegria
que me estendi os braços
e me aconcheguei em mim,
nesta independencia e solidão tão bem definida.

Agarradas uma à outra,
mergulhadas num extase profano,
falámos durante horas.
Depois, saciadas das palavras,
despedimo-nos... devagar...
Emprestei-me a minha roupa,
Tapei-me-te dos olhos alheios.

Sigo o meu caminho,
dobro a esquina, vestida
e deixo-me para trás
no outro lado da rua,
contente por me ter encontrado
ao fim de tantos anos sem me ver.
Mar Azul

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1.2.05

A Primeira Noite!


Estou longe
De ti, de mim,
Ambos sabemos
Que precisavamos deste espaço
Deste cordão umbilical
Que nos liga os sentidos
Mas nos afasta os corpos.
Estou longe,
Porém,
Com uma vontade enorme de te dizer
Chega mais perto
Afasta as amarras da solidão
Dá-me a mão,
E juntos veremos o mundo sorrir
Correremos pelos campos de papoilas floridas
Cortaremos as ondas deste mar que é nosso
Onde o tempo foi passando
Aguçando-nos os sentidos,
Alimentando-nos a espera
Para um novo reencontro
Mar Revolto

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