FIM!!!...OBRIGADA POR TODO O CARINHO DEMONSTRADO AO LONGO DESTES ANOS...,Beijinhos"
Que Bem Cheira A Maresia

30.1.05

Tempo


Parei na janela do tempo
Olhei-o
E percebi o quanto é implacável
Caminho ao longo da praia
Vejo uma luz ao longe
Cada dia mais difusa
Procuro-te e procuro-me
Na voz que me chega
Não encontro o som
Outrora de languidez
De um amor que se julgou forte
Eu mudei
Tu mudaste
E ambos deixamos
Que o tempo parasse
O brilho dos meus olhos
Já não te iluminam mais
Neste tempo
Que já não é sequer tempo
Um dia quem sabe
Talvez tu me chegues
No tão falado cavalo branco
Como no reino dos sonhos
E talvez aí
O tempo
Passe a ser
O nosso tempo.
Mar Revolto

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27.1.05

Acalento


Vem devagarinho
e pousa-me a mão no ombro,
traz teus passinhos de lã
e teu olhar de mel.
Depois,
sem eu dar por isso,
com a outra mão,
encosta a minha cabeça
no teu peito
e deixa-me ficar
quieta e
chorando mansinho
sem mais nada querer.
Só a tua presença de nuvem branca
e arco iris
acima deste rio
demasiado seco.

Pai... onde dormem as gaivotas?...
Mar Azul

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25.1.05

Já Nasceu!



Já nasceu o Xis-Temas , um blog do mesmo autor deste, e promete ternuras poéticas, aromas de prosa , olhares de fotos belíssimas e embalos musicais.
Nós fomos lá e deliciamo-nos com o que vimos…, experimentem fazer o mesmo.
Xis-Temas já faz parte dos nossos aromas

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24.1.05

Quando...



Quando o luar bate
Na vidraça da minha janela
Sinto que a noite penetra
Onde o sol ainda
Não chegou.
São farrapos de luar,
Pedacinhos de amanhecer,
Gotas de orvalho que sulcam,
Percorrem um trilho definido
E chegam ao meu coração
Sangrento e caudaloso.

Sinto ao de leve
As asas de um anjo
Roçarem a minha fronte.
Ouço-lhes o murmúrio,
Silencioso e diáfano.
E o objectivo perde-se.
Sinto que bebi demais
Sem ter bebido nada,
Apenas as palavras.
Os sentidos perderam-se
Arrastados por um caudal
Intenso
São águas revoltas,
São rios de carinho
Desaguando num mar de
Emoções.
Deixo-me embeber
Nessas ondas fugazes
De ternura intensa.

Voo para longe
Nessas asas de outro céu
Ao encontro de ti
Tendo como horizonte
Esse luar da minha janela.
E sigo o teu silêncio
Terno
Suave
E quente
Que de tanto dizer
Me deixou sem palavras.
Mar Azul

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21.1.05

O Fado Do Blog


[História trágica da Desgraçadinha Minhota a mais o Desgraçado do Mouro]



Para os lados de Braga
Havia uma desgraçadinha
cuja a vida era uma praga
Por causa do blog que tinha

Depois havia o Mouro
Tão desgraçado , coitado
Que lhe faltava o decoro
P'ra resolver este fado

E andavam os dois à toa
Com esta brincadeira
Não há música que soa
Nem um site aqui à beira



(refrão)

ai o fado do blog
Quem dera que fosse manso
Mas não há quem o dobre
Nem a paciência de um santo



Depois de muito lutarem
Desgraçadinhos da vida
Ainda lhes deu p'a andarem
Na má vida e na bebida


Foram rezar à igreja
Até falaram c'o padre
Veja lá se lhe sobeja
Uma música, ó compadre

E o padre respondeu
Vá de retro Satanás
A música aqui sou eu
O blog é lá atrás


(refrão)

ai o fado do blog
Quem dera que fosse manso
Mas não há quem o dobre
Nem a paciência de um santo

Letra: Mar Revolto e Pedro Emanuel

[Alguém nos dá música? Opsss..., alguém nos oferece a música?]




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20.1.05

Agora


Agora que os últimos vestígios
de mim
se esfumaram do teu quotidiano
deixa que me
dissolva suavemente
por esses vales e montes
em forma de
lembrança eterna,
como fumo
bailando no vento,
como etérea recordação.

E quando o recordar
te doer mais fundo que a propria dor,
quando a ausência
te fizer sofrer,
mais forte que o próprio amor,
corre célere e veloz,
sobe ao alto desses montes
e ter-me-às
aí mesmo ao teu lado,
nas formas
da bruma e da neblina
que tão docemente
te cercam.
Mar Azul

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18.1.05

Convidamos-vos A Visitar


Onde o tempo se perde em rios de palavras, medindo as batidas do orador e as frases ritmadas de textos que nos transportam aos recônditos da infância.
Assim chegou o CLEPSIDRA à blogosfera e promete uma viagem pelo tempo.
Nós já por lá andamos e gostamos muito, vão lá vocês também.
CLEPSIDRA já faz parte dos nossos aromas.

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17.1.05

Amor

Metade de nós permanece,
Metade de nós contradiz-se,
Metade de nós envelhece,
Metade de nós é silêncio,
A outra metade é um grito...



Metade

Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
a outra metade é silêncio
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade
Quer as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos
pois metade de mim é o que ouço
a outra metade é o que calo
Que a minha vontade de ir embora
se transforme na calma e paz que mereço
que a tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
a outra metade um vulcão
Que o medo da solidão se afaste
e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
pois metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o seu silêncio me fale cada vez mais
pois metade de mim é abrigo
a outra metade é cansaço
Que a arte me aponte uma resposta
mesmo que ela mesma não saiba
e que ninguém a tente complicar
pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
pois metade de mim é platéia
a outra metade é canção
Que a minha loucura seja perdoada
pois metade de mim é amor
e a outra metade também
Oswaldo Montenegro

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16.1.05

Apelo Para A Humanidade

Tivemos a tristeza de ver recentemente o Tsunami, causando uma grande destruição e vitimando um número inconcebível de pessoas em sete países da Ásia. Sabemos que esse tipo de facto é um acontecimento natural, porém havemos de analisar e acrescentar que a intensidade desse tsunami mostra-nos claramente que o desequilíbrio ambiental é, incontestavelmente, potencializador de forças naturais deste porte. Cabe a nós, definitivamente, uma reflexão séria sobre o assunto e buscarmos maneiras mais correctas de lidarmos com o espaço que vivemos, para que não sejamos nós os responsáveis por catástrofes desta natureza.

Leia todo o texto aqui.


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15.1.05

Intervalo

Fomos de fim de semana...



... que o vosso seja óptimo também!
Beijos da Mar Revolto e da Mar Azul

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12.1.05

Fantasia



Ainda sinto o eco das palavras
Na minha cabeça
“Uma coisa destas só acontece uma vez na vida”
Oiço-as na tua voz
Relembro-as do filme.
Nesta viagem
Que acordámos fazer
De olhos vendados,
Apenas temos o sonho
E a fantasia por cenário.
O mar,
sempre tão sereno,
Derrubou o castelo
Que havíamos construído

Perdoa-me…
A fantasia acabou
Vou retirar a venda
E cair na realidade.

Coisas de Mulher…diria a Lua
Coisas de gente…digo Eu!
Mar Revolto

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8.1.05

Para Ti


[Ontem]

Cansaço

De que me falas tu
Que não te entendo?
Que sons são esses
Que me doem tanto?
Enquanto falas
Numa tela branca
Os meus olhos pintam
Cores esquecidas
Em movimentos brandos
À nossa volta as palavras voam
Gritando apelos a um Deus ausente
Distracção eterna
Que vive o presente
Ah e esta fadiga
Que me invade
Este torpor que me entontece
Esta prisão aberta
Que eu bem queria que fosse gente
Já não te oiço
Tudo o queria já é de alguém
Quando te fores
Por favor
Se puderes
Apaga-me a luz
Que anoiteço

Pedro Emanuel




[Hoje]


Um dia
Roubei-te a esperança
Pintei-te os sonhos de cinzento
E embora sabendo
Que o que fiz
Era o mais certo
Acabei enublando
A minha alma
Doeu!

............

Quis o destino
Que eu te devolvesse a esperança
Vejo-te pintar em tons alegres
Os sonhos
Sinto-te bem
Estou feliz!

Mar Revolto

Dedico este Post ao meu Amigo Pedro.

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6.1.05

Amiga...

imagem retirada daqui

Amiga,
vou contar-te a história de alguém que
nunca quis ser aquilo que era e por isso
nunca foi ninguém.
É uma história
de alguem que não fez história
alguém
que era
vulgar, mesquinha, fraca, só, triste, igual a todos
mas quis ser
alguém
alegre, risonha, forte, bonita, enérgica.
Amava um bom copo
e o cantar dos passarinhos
gostava de Bauhaus
e ouvir o correr da água.
E
como era uma questão de opção
escolheu o melhor da vida.
Assim, sempre rodeada de gente,
Porque era alguém muito social,
Estava sempre só.
Mas, amiga,
ela era alguém especial,
isso te garanto eu.
Porque eu,
só, triste, igual a todos,
estive sempre com ela.
Contava-lhe histórias de embalar
nas suas noites de solidão
e ela dormia
embalada nos meus braços, ao som da minha voz
no aconchego da sua cama.
Eu dormia ao lado dela,
Sem rancor, com amor.
Pois é, amiga,
ela é alguém mesmo especial,
porque, calcula tu,
ainda hoje estou ao lado dela
e, se já não lhe conto histórias
nem velo pelo seu sono,
ainda me sento à janela
e falo com ela, ela fala comigo
e agora
que ela é ela, com Bauhaus e com flores,
com tristezas e dores
damo-nos muito melhor
e ambas fazemos a história
desse alguém
que
sem ser excepcional, original ou
mesmo semi-deusa
é a melhor amiga do mundo.

Enganei-me no outro dia quando disse que tinha escrito o poema mais longo da minha vida. Este demorou doze longos anos a fazer.

Mar Azul

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4.1.05

Rugas...

Rugas
Já começo a ter as primeiras rugas
Rugas
Começam-me a nascer algumas rugas
Rugas de chorar
Rugas de sorrir
Rugas de cantar
Começo a franzir
Rugas de chorar
Rugas de sorrir
Rugas de cantar
Rugas de sentir
Rugas…

António Variações




Imagem retirada daqui

O tempo é implacável
Olho-te
E percebo também como o tempo passou por ti,
O rosto já marcado
Por uma ruga ou outra
Deste tempo que foi nosso,
Mesmo nestes treze anos
Que nos distânciam
Aliados a estes dezoito juntos,
O meu também já tem as suas marcas,
Umas de dor
Outras de amor
E outras ainda de silêncios.
Olho-te de novo
E tu dizes;
... Estou bem,
...Sou feliz.
Triste ironia
Tu nunca soubeste mentir!

Mar Revolto


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2.1.05

Liberdade

A nossa Amiga do Blog Águas De Março ofereceu-nos esta bela imagem e nós juntamos-lhe um poema da Grande Sophia. Obrigada Ana pelo carinho...




Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

Sophia de Mello Breyner


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